Ameaças cibernéticas? Proteja-se com o Threat Hunting!

A ameaça cibernética é uma realidade constante no mundo moderno. Com o crescente número de ataques virtuais que ocorrem todos os dias, é crucial para as empresas estarem preparadas e cientes dos riscos que correm. Veja como o Threat Hunting pode proteger a sua rede. Essa é uma técnica eficaz que pode ajudar a reduzir as vulnerabilidades de segurança e detectar atividades maliciosas antes que causem grandes danos.

O que é o Threat Hunting?

O Threat Hunting é uma abordagem proativa para identificar e responder a ameaças cibernéticas. Tudo isso acontece antes que elas se tornem problemas maiores. A ideia por trás dessa técnica é a de que não basta apenas esperar por um alerta de segurança para reagir, mas sim antecipar-se e ir em busca de possíveis ameaças.

A prática envolve a coleta e análise de dados de atividades do sistema para identificar atividades suspeitas ou anômalas. Em vez de depender apenas de ferramentas de segurança automatizadas, os profissionais de segurança usam suas habilidades analíticas. Desse modo, é possível examinar os dados e procurar sinais de atividades maliciosas.

O que é Linux threat hunting?

Linux threat hunting é um processo de detecção proativa de ameaças cibernéticas em sistemas operacionais Linux. Ele envolve a busca constante por atividades suspeitas, anomalias e vulnerabilidades que possam ser exploradas por hackers ou malwares para comprometer a segurança do sistema.

Os especialistas nesse processo utilizam várias técnicas para identificar e responder rapidamente a possíveis ameaças. Isso inclui a análise de logs de sistema, monitoramento de tráfego de rede, varredura de portas, verificação de arquivos suspeitos, análise de comportamento do usuário, entre outras abordagens.
O principal objetivo desse processo, é descobrir ameaças antes que elas se tornem um problema real e potencialmente catastrófico.

Afinal, a detecção precoce de ameaças permite que as equipes de segurança tomem medidas imediatas para mitigar o impacto do ataque. Desse modo, é possível minimizar a possibilidade de danos ao sistema e às informações. Embora o Linux seja considerado um sistema operacional mais seguro em comparação com outras plataformas, ainda é vulnerável a ataques. Por esse fato, esse processo é uma prática essencial para empresas e organizações que dependem do sistema operacional para operar seus negócios.

Linux Threat Hunting: Detectando ameaças em sistemas Linux

Embora a maioria das organizações use o Windows como sistema operacional padrão, o Linux é amplamente utilizado em ambientes corporativos. Esse sistema é usado especialmente para hospedar servidores da web e de bancos de dados. Portanto, o Linux também é um alvo em potencial para ataques cibernéticos. Além disso, geralmente é considerado mais seguro do que o Windows. No entanto, isso não significa que seja impenetrável. Ataques direcionados a sistemas Linux geralmente envolvem exploits de vulnerabilidades conhecidas ou engenharia social.

Para detectar ameaças em sistemas Linux, os profissionais de segurança precisam de conhecimentos específicos sobre o sistema operacional e ferramentas especializadas. Alguns exemplos de ferramentas de análise para Linux incluem o OSSEC, o Wazuh e o SELinux.

Coletar e analisar dados

A primeira etapa no Threat Hunting em sistemas Linux é coletar e analisar dados de logs do sistema. Os logs são informações registradas pelos sistemas operacionais que podem ajudar a identificar atividades suspeitas. Desse modo, os profissionais de segurança precisam saber quais logs são importantes e onde encontrá-los.

Os logs do sistema geralmente estão localizados em diretórios específicos no sistema de arquivos. Alguns exemplos incluem o /var/log, onde o sistema armazena logs do sistema e do kernel, e o /var/log/apache2, assim, é onde o Apache armazena logs de acesso e de erros. É importante saber quais logs são relevantes para o ambiente e onde encontrá-los.

Analisar logs do sistema

A análise dos logs do sistema pode revelar atividades suspeitas, como tentativas de login, falhas ou tráfego de rede incomum. Os profissionais de segurança podem usar ferramentas como o grep para filtrar os logs em busca de palavras-chave ou padrões específicos que possam indicar atividades maliciosas.

Monitorar o tráfego de rede

Além disso, os profissionais de segurança podem usar ferramentas de detecção de intrusão para monitorar o tráfego de rede e detectar atividades suspeitas. Ferramentas como o Snort ou o Suricata podem analisar o tráfego de rede e alertar os profissionais de segurança sobre possíveis ameaças. Essas ferramentas geralmente usam regras de detecção baseadas em assinaturas para identificar padrões de tráfego malicioso.

Variedade de técnicas e ferramentas para detectar ameaças

No entanto, os atacantes podem usar técnicas avançadas para evitar a detecção, como o uso de tráfego criptografado ou a fragmentação de pacotes. Sendo assim, é importante que os profissionais de segurança usem uma variedade de técnicas e ferramentas para detectar ameaças em sistemas Linux.

Como iniciar o Threat Hunting em sua organização?

O Threat Hunting pode ser uma técnica eficaz para melhorar a segurança em sua organização, mas pode ser difícil começar.

Aqui estão algumas etapas que você pode seguir para iniciar o Threat Hunting em sua organização:

Entenda sua infraestrutura

Antes de iniciar o processo, é importante entender a infraestrutura de sua organização. Isso inclui conhecer os sistemas operacionais usados, os aplicativos e serviços em execução, as políticas de segurança existentes e as ferramentas de segurança usadas.

Identifique fontes de dados importantes

Uma vez que você entenda sua infraestrutura, é importante identificar as fontes de dados importantes que podem ajudar a detectar ameaças. Isso inclui logs do sistema, logs de aplicativos, tráfego de rede e dados de segurança.

Desenvolva hipóteses de ameaças

O próximo passo é desenvolver hipóteses de ameaças com base em sua compreensão da infraestrutura e das fontes de dados. Isso envolve a criação de cenários hipotéticos de ameaças e a identificação de sinais de atividades maliciosas em seus dados.

Execute o Threat Hunting

Com suas hipóteses de ameaças em mãos, é hora de começar o Hunting. O processo envolve a análise de dados em busca de atividades maliciosas e a validação de suas hipóteses de ameaças.

Documente suas descobertas

É importante documentar suas descobertas e compartilhá-las com outras equipes de segurança. Desse modo, pode ajudar a melhorar a segurança em toda a organização.

Qual a diferença entre Threat Hunting e Threat Detection?

Threat hunting e threat detection são duas abordagens diferentes para a segurança cibernética. Desse modo, a principal diferença entre elas é que o threat detection é uma abordagem reativa, enquanto o hunting é proativo. O threat detection é baseado em tecnologias de segurança cibernética que detectam possíveis ameaças e alertam as equipes de segurança.

Essas tecnologias incluem firewalls, antivírus, sistemas de prevenção de intrusões, entre outros. No entanto, o threat detection depende principalmente de algoritmos pré-programados para detectar ameaças, o que pode levar a falsos positivos e negativos.

Por outro lado, o hunting é uma abordagem mais proativa e personalizada, na qual as equipes de segurança procuram manualmente por ameaças em seus sistemas e redes. Desse modo, eles usam análise de dados, inteligência de ameaças e outras técnicas para identificar possíveis ameaças que podem ter passado despercebidas pelos sistemas de segurança.

Conclusão

O Threat Hunting é uma técnica eficaz para detectar ameaças cibernéticas antes que elas causem grandes danos. Em sistemas Linux, é importante coletar e analisar dados de logs do sistema e usar ferramentas especializadas para monitorar o tráfego de rede.

Para iniciar o Hunting em sua organização, é importante entender sua infraestrutura. Não só, mas também identificar fontes de dados importantes, desenvolver hipóteses de ameaças, executar esse processo e documentar suas descobertas. Com o crescente número de ataques cibernéticos, esse processo é uma técnica que pode ajudar as empresas a se protegerem contra ameaças cibernéticas em constante evolução.

Fontes

Douglas Bernardini

Cybersecurity Specialist & Cloud Computing Expert with +10 years experience in IT infrastructure.

Specialist delivering assets for development teams in Google Cloud Platform (GCP) and Amazon web services (AWS)

Hands-on cloud security enterprise architect, with experience in SIEM/SOC, IAM, cryptography, pentest, network topologies, operating systems, databases, and applications.

Experience in DevSecOps analysis to discover vulnerabilities in software, identifying CI/CD risks gaps and recommending secure-coding process (S-SDLC).